Dia: 6 de abril de 2023

Unimed: participar da cooperativa representa muitas vantagens para a clínica

Unimed: participar da cooperativa representa muitas vantagens para a clínica

Para vincular a clínica à cooperativa, é necessário preencher alguns requisitos, a começar com pré-cadastro, documentação específica e relatório dos equipamentos, além da capacidade de funcionamento do local

Com 18 milhões de clientes beneficiários e presente em 86% do território nacional, o Sistema Unimed, que nasceu com a fundação da Unimed Santos (SP) pelo seu idealizador, o médico Edmundo Castilho, corresponde à composição de todas as Unimeds do Brasil. Hoje, o agrupamento é constituído por 348 cooperativas, com 114 mil profissionais cooperados, 2.719 hospitais credenciados e 113 hospitais próprios.

A atuação desse sistema acontece por meio do cooperativismo, que é a colaboração entre indivíduos com interesse em comum, e na legislação brasileira está previsto na Lei n. 5.764, de 16 de dezembro de 1971, a qual define a Política Nacional de Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, que podem ser compreendidas como um agrupamento de pessoas com os mesmos interesses econômicos e sociais, cujo propósito é angariar vantagens comuns nas suas atividades. Juntos, esses grupos têm capacidade e força para almejar o desenvolvimento de outros indivíduos.

Tamanha é a importância das cooperativas, que há um dia especial para elas: em todo o mundo, desde 1923, celebra-se no primeiro sábado do mês de julho o Dia Internacional do Cooperativismo. Em 1995, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a data oficialmente e estabeleceu sua celebração anual.

De modo geral, no Brasil, mais especificamente no Sistema Unimed, o cooperativismo ocorre por meio da união de médicos para a prestação de serviços no mercado, pela associação de profissionais sócios-cooperados, oferecendo conjunturas mais prósperas para todos os envolvidos, sejam eles clientes ou associados.

Em cada região, há uma Unimed própria. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o Sistema Cooperativo Empresarial Unimed/RS cobre cem por cento do território gaúcho, e é liderado pela Unimed Federação/RS.

O sistema é composto por 27 Unimeds Singulares; pela Unimed Central de Serviços-RS; pela Uniair (transporte aeromédico e táxi aéreo); pela Unicoopmed; pelo Instituto Unimed/RS; e pela Casa da Memória Unimed Federação/RS.

Por este exemplo, fica mais simples entender que cada região tem uma Unimed para atuar de forma individual na prestação de serviços daquela localidade específica. Tal organização, todavia, integra o sistema por meio das federações (estaduais ou intrafederativas) ou pela Central Nacional Unimed, carregando consigo a marca de todo o sistema.

Portanto, tanto para o médico que atua individualmente quanto para quem tem uma clínica médica, há muitas vantagens em fazer parte da Unimed.

O primeiro benefício, sem dúvida, é que, com a celebração do convênio, os profissionais têm uma demanda maior de pacientes, que já se convenceram de que os convênios são uma excelente alternativa para realizar consultas ou exames, que, se feitos via particular, podem ser bem mais onerosos e demorados.

Ademais, outro fato a favor é que muitas empresas oferecem convênio médico aos funcionários, e o benefício estende-se aos seus familiares, que contam com consultas e exames ilimitados, além da garantia de tratamento para seus problemas de saúde.

Mas, além dos benefícios, há algumas incumbências por parte do profissional da saúde. Uma delas diz respeito ao fato de que todo o médico cooperado tem seu imposto retido na fonte, pela fonte pagadora e, portanto, deve encaminhar a declaração de acordo com os termos, seja da Previdência Social, para o INSS, ou da Receita Federal, para o IRPF.

Nesse aspecto, é recomendável que o médico tenha muita atenção, porque quanto mais fontes de renda, maiores serão as suas contribuições para os órgãos do governo. Vamos supor que estejamos aqui falando de um profissional que ganhe dinheiro com consultas diariamente, muitas delas particulares, mas outras pela Unimed. Porém, também como complementação de renda, ele realize plantões em hospitais, ministre cursos on-line e ainda produza conteúdo para o YouTube, ajudando milhares de pessoas com informações sobre saúde e bem-estar. Tudo isso deve ser declarado, portanto, é aconselhável buscar ajuda especializada porque, mesmo a grade curricular da Medicina sendo bastante completa, trata-se de um curso que não aborda temas como educação financeira ou retenção de impostos, taxas e contribuições.

Nesse sentido, a Mitfokus Contabilidade Médica tem em seu portfólio de produtos o “Livro Caixa”, que consiste no controle de todas as receitas e despesas efetuadas pela pessoa física e tem por objetivo a redução do imposto e das contribuições de forma totalmente lícita. Logo, através da solução, é possível economizar com segurança, ter maior controle financeiro sobre as operações e minimizar o risco de problemas com os órgãos arrecadatórios.

Vamos a um exemplo: recentemente, um ortopedista com faturamento de R$ 50 mil ao mês procurou a Mitfokus. Só de IRPF ele pagava R$ 13,7 mil.

Depois de passar pela análise, foi descoberto que ele tinha direito a reduzir 20% dos tributos anuais, por conta de várias despesas dedutíveis, como manutenção da clínica, insumos utilizados para o desempenho da atividade, contribuições obrigatórias para entidades de classe e outras. Agora, ele está desembolsando para o governo R$ 2,750 mensal.

A economia que esse médico terá em 40 anos é de R$ 1,3 milhão. O volume de dinheiro é robusto; logo, precisa ser avaliado com muita atenção.

Outra questão: antes da prestação de serviços para a Unimed, é necessário, para o médico, cumprir alguns requisitos, a começar pelo preenchimento de um pré-cadastro detalhado no qual a clínica se submeterá a algumas fiscalizações que comprovarão a aptidão da instituição para vincular-se (ou não) ao plano de saúde.

Nessa parte, também é fundamental contar com especialistas para que o convênio seja aceito o mais rápido possível e a pessoa já consiga receber os pacientes mediante o pagamento da taxa de cota (que pode variar de acordo com algumas circunstâncias).

Aprovado, o profissional passa a fazer parte do Guia Médico, plataforma oferecida pela Unimed em que qualquer paciente pode procurar por médicos ou clínicas conveniadas próximas para realizar consultas e exames. O serviço é excelente para todos os médicos, mas principalmente para os que estão no início da carreira e precisam impulsionar o nome no mercado.

A Mitfokus Contabilidade Médica, em 2022, atendeu mais de 40 especialidades médicas e fechou o ano com mais de 1.200 médicos como clientes. Todos os meses, a startup realiza aproximadamente 45 livros-caixa para médicos que têm convênio com a Unimed.

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Vagas na medicina: Brasil registra maior oferta nos últimos 10 anos

Vagas na medicina: Brasil registra maior oferta nos últimos 10 anos

Ascensão de escolas médicas privadas explicam os índices

Vagas em medicina: você sabia que, em uma década, entre 2013 e 2022, houve a maior expansão histórica do ensino médico do país? É o que revela a Demografia Médica no Brasil 2023.

Entre 2003 e 2012, foram autorizadas 5.990 novas vagas. Em 2022 o país contava com 389 escolas médicas que, juntas, ofereciam 41.805 vagas de graduação. Deste total, 23.287 novas vagas foram abertas de 2014 em diante, após a Lei Mais Médicos entrar em vigor, registrando um aumento quase quatro vezes maior do que o registrado entre os anos de 2003 e 2012.

Desde a abertura da primeira escola médica no Brasil, em 1808, até o período anterior a 2003, o total de vagas de graduação chegou a 12.528. Conforme o estudo, uma das principais características da expansão da oferta de graduação médica nos últimos 20 anos no Brasil foi a abertura de vagas predominantemente em instituições de ensino privadas.

Predominância de vagas privadas

Enquanto as vagas anuais em universidades públicas passaram de 5.917 para 9.725 em duas décadas – registrando um aumento de 64% –, as vagas em escolas médicas particulares passaram de 7.001 para 32.080, um aumento expressivo de 358%.

À medida que a taxa de crescimento médio de vagas públicas foi de 2,7% por ano, entre 2003 e 2012, a taxa de aumento de vagas privadas foi de 10,8%. No período, somaram-se 19.180 vagas privadas. Isso corresponde a aproximadamente 90% das vagas autorizadas no período.

A menor participação das instituições públicas no ensino médico se deu em 2022, quando menos de um quarto das vagas (9.725) era oferecido em 121 escolas públicas. A imensa maioria das vagas (32.080), mantidas por 268 cursos privados, representava quase 77% do total em 2022.

Na região Sudeste, onde está concentrada quase metade de todos os postos de graduação em medicina no país, apenas 3.035 vagas (16,6%) estão em instituições públicas. Nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Rondônia, mais de 90% do ensino médico de graduação é privado.

Vale ressaltar que o público feminino é maioria do número de inscritos no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) 2023. Conforme o Ministério da Educação (MEC), dos 205.177 inscritos no Fies do primeiro semestre de 2023, 67% são do gênero feminino (139.209).

Evolução do número de vagas de graduação em medicina, de 2003 a 2022.

Fonte: Scheffer M. et al., Demografia Médica no Brasil 2023
Evolução do número de vagas de graduação em medicina, segundo natureza pública e privada da instituição de ensino, de 2003 a 2022

Densidade de vagas

O estudo mostrou que, nos últimos 20 anos, a oferta de vagas de graduação no curso de medicina cresceu em todas as regiões do país. A maior taxa de crescimento está no Nordeste (335,3%), seguida do Centro-Oeste (224%) e Norte (165,2%). O que justifica esses números?

Um dos fatores que explica essa evolução foi a criação do Programa Mais Médicos em 2013. De acordo com dados do Governo Federal, o programa incentivou a criação de 5,3 mil novas vagas de graduação em 81 municípios de todas as unidades federais. Norte e Nordeste foram as beneficiadas por terem menos médicos que as demais regiões do país.

Além de criar vagas, o programa também ofereceu residência médica para qualificação desses profissionais e atendimento à população que mora em regiões mais afastadas dos centros urbanos e viviam os vazios assistenciais. O programa permitiu, ainda, o aumento de médicos por mil habitantes, democratizou o acesso ao SUS e mudou a realidade de milhares de brasileiros que precisam diariamente de atendimento básico e ter o mínimo de qualidade de vida.

Saiba mais sobre o estudo aqui.

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